Estou parado no cais
Jader Costa
Um pouco sobre a vida, utopias e antíteses.
quinta-feira, 4 de novembro de 2021
O que está acontecendo?
sábado, 8 de maio de 2021
Floor seats
Jogado em um canto qualquer
Ao som de floor seats
Foda-se o mundo lá fora
Deixa chover
Sirenes te ignora
Vamos morrer
Revolte-se, agora!
Vôo de coisa nenhuma
Vou subir sem teto
Não prometo nada
Inseguro duro fértil
Foguete em revoada
Se cair abro minha asa
Plano como animal
Se subir perco minha casa
Tudo bem sou marginal
Sonhos são desejos refinados
Escolhas não vem do nada
Traçamos planos estranhos
Seguimos nessa jornada
Rumo ao desconhecido
Líquido e vegetal
Metáfora e química
Sem remédio passo mal
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Abaixo das certezas
Sutil transparência
Ossos do ofício
Atrás da sobrevivência
Devia me abster
Largado em displicência
Me alistei no quartel das verdades
Lembrado pela insurgência
Quando eu voltei
Só encontrei desconhecido
Querem saber
o que aconteceu comigo
Fazia tempo que havia partido
Hoje voltei a encontrar motivo
Tantos segredos andam escondidos
Fui embora ainda arrependido.
Faz o simples
Um anjo
Um demônio
Porque só um lado
Se tudo tem dois?
Parece que tem saudades
Porque deixar pra depois?
Um homem
Humano
Não quer ser o mano
Seguindo a cartilha de ser desumano
Vocês tem soldados
Parece
Homens fardados não me intimidam
Não é free fire não sou bom de mira
Vejo que ferem sem nos diferir na pira
Vai ver por isso que nos assasinam
Somos iguais até um certo ponto
Nunca notou ou só foi um desconto?
Me convocaram mas não tava pronto
Nos engaranam pois fomos do contra
Nos alcançaram quando nos cansamos
Se tem dinheiro sou sujeito homem
Ney matrogosso com h de lobisomem
Pode marcar pois esse é meu nome
Pega a cobra corre que lá vem o zomi.
Nunca notou enquanto os erros rasgavam mortos atravessando ao nado
Lápis e caneta são armas fatais
Olho em volta já não me sinto ilhado
Não mais
Assis sentado com seu machado
Escuta eu mesmo vou compor um clássico.
Escreve o simples
Só faz o básico.
Blues de coisa nenhuma
Não quero ser um revolucionário de apartamento.
Ir ao cinema sozinho
Com a solidão do meu veneno.
Quero um filme tranquilo sobre sorriso, sonho e sabor.
Ficção!
Eu era um leão!
Dinheiro e outras coisas do mundo
que nunca pensei!
Pensei.
Sai da sala atordoado com o tempo, espaço rua, claro, a lua, todos os astros de coisa nenhuma, eu acho que eu me enganeI!
Eu sei! É eu sei.
Eu acho que me enganei.
Seguindo rastros de coisa nenhuma, cheiro de coisa nenhuma, gosto de coisa nenhuma.
Eu acho que me enganei!
Eu sei
Só eu sei
Eu acho que me enganei.
Incoerente
Boto essa fita no rádio a fim de uma nova ilusão
Fingir que dentro da minha casa não há combustão
Esse carro acelerado meu coração a milhão
Falta me o ar enquanto assistem o Faustão
Só vou rimar com ao até o final dessa questão
Vão dizer que eu tô doidão
Que eu fumei um bão.
Lucidez eu quero reencontrar os sóbrios, deixa eu dizer a verdade. Nada disso é real.
Você mentiu pra si mesmo, resolveu acreditar, eles estão amordaçados, vendados e sem lugar.
Seria estético antes de poético.
Seria um solo fertido e quente
Inerte, inato, incoerente.
É isso
Poetas morrem cedo
Já é tarde ainda vivo
Sábios nunca morrem
É verdade eu vi num livro
Estava na capa
Prazer é o que compensa os riscos
Venda seu peixe no mercado
Deixe nas mãos dos homens ricos
Buscava deuses recebi moedas
Queria flores recebendo pedras
Incompreendido
Paguei o preço
Saiu barato
Fazer ateu rezar um terço
Nas mãos dos mesmos dólar
Ganhando peso em peso
Beirando o teto negro
Culpados saindo ileso
Eu vi afeto e fuego
Via branco e preto
Eu só não via eu mesmo
Mas ganhei espelhos
Fui no meu erro
subi no acerto
Deixei o certo
Carreguei em cotas
Construí em morros
Duvidei de todos
Caminhei de costas
Afundei na neve
Caí na encosta
Matei um bicho
Virei, fui embora
Partindo as tora
Marchei no frio
Ignorado por plurais
Fui singular mais de oito hora
Larguei as arma
Deixei minhas botas fora
Soltei um fio no toca disco pra ouvir
a vida inteira é isso
Respostas dormem em notas
Sonhos prevêem o futuro
Acordei agora