sexta-feira, 25 de maio de 2012

Pode pá

Caminhos tortos
vou andando penso
bamboleando
vou andando, tenso.

Quem consegue lá,
fazer se descomplicar,
o complicado,
que quer desembaraçar?

Eu nem sei
fazer poesia
e quem sabia
já não fazia.

Ainda procuro
o estado natural.
Na harmonia do meu ser
há um vazio espiritual.

Me preencho do amor
mas, há tanta podridão
comendo meu coração
que já não tenho na mão.

Desejo mais
um pouco de ar,
cultuar iemanjá
talvez um banho de mar.

Tocar violão,
cantar aranaranah
acordar e te beijar
sair pra caminhar.

Ouvir o tchua
quando pular no mar
Gritar um aaaaaaaah
quando saltar.

Ver o nascer do sol
no horizonte apreciar
tomar café pela manhã
sem ter pressa pra chegar.

Não tenho porque
correr atrás de tudo
se tudo pra mim é você
que será que eu vou fazer?

Se eu soubesse nadar
ia até o centro do mar
mergulhar, pra procurar
um tesouro escondido,
um pote de ouro te dar,
pedir sua mão
talvez casar.

Que vento foi esse?
Foi a brisa do mar
veio de onde eu quero ir
me chamando pra voltar.

Se estou de bem
o mundo também estará.
Não quero me isolar,
só queria poder "quetar".

Caipira e caiçara,
um pacato cidadão.
De chinelo dia inteiro,
regata e bermudão

Tô chegando,
pode acalmar,
minha hora vai chegar,
me espere pro luar.

Pode viver,
pode sonhar,
pode tudo,
pode viajar,
pode chegar,
pode amar.

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